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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu nesta segunda-feira (21), na Comissão da Covid-19 do Senado, a volta às aulas presenciais já no segundo semestre, mesmo que ainda haja professores que não tomaram a segunda dose da vacina contra a doença. A declaração foi dada durante sessão da Comissão da Covid-19 no Senado. O grupo acompanha as ações do Ministério da Saúde no combate à pandemia.
De acordo com matéria originalmente publicada em O Globo, as aulas presenciais na rede pública de ensino nos estados foram suspensas assim que os primeiros casos de Covid-19 começaram a ser registrados no Brasil, entre fevereiro e março de 2020. Até agora, não houve reabertura efetiva.
— Nós já estamos há mais de um ano sem aulas. Já distribuímos doses para os professores da atenção básica, para imunizar, com a primeira dose, cerca de 84% dos professores. No meu entendimento, não é fundamental que todos os professores estejam imunizados com duas doses para o retorno das aulas. — afirmou o ministro.
Queiroga disse que a testagem fará parte da estratégia para o retorno das aulas presenciais. De acordo com ele, o tema está sendo discutido com o ministro da Educação, Milton Ribeiro; com o ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos; e com o Advogado Geral da União, André Mendonça.
— Com a estratégia adequada de testagem, podemos compatibilizar o retorno das aulas com a identificação dos casos positivos e, a partir daí, ter, já no segundo semestre, o retorno de aulas. Isso já tem acontecido em alguns estados e na própria iniciativa privada. — completou o ministro.
Durante a sessão, o ministro foi questionado se há previsão de vacinação de estudantes que participarão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mas negou. Neste ano, o Enem apresentou a maior taxa de abstenção da história, com 51,5% de faltosos no primeiro dia e 55,3% no segundo dia.
— Em relação à imunização daqueles que vão fazer o Enem: para os que estão abaixo de 18 anos, ainda não há uma previsão no Programa Nacional de Imunizações, está em estudo no PNI. E aqueles que estão acima de 18 anos serão vacinados normalmente, conforme o Programa Nacional de Imunizações — disse.
Queiroga também projetou para setembro o prazo para que toda a população vacinável – ou seja, acima de 18 anos — tenha recebido a primeira dose de vacina contra a Covid-19.
— Com o progresso da campanha de vacinação, nós entendemos que a partir de setembro é possível haver um cenário epidemiológico mais favorável no Brasil — disse Queiroga.
De acordo com o ministro da Saúde, também é possível prever a conclusão da vacinação de toda a população adulta até o fim deste ano.
— Pelas 600 milhões de doses de que já dispomos, é possível antever também que tenhamos a população brasileira acima de 18 anos vacinada até o final do ano de 2021, o que nós consideramos, dentro das condições de carência de vacinas no mundo, uma meta bastante razoável e que faz jus à força e à tradição do nosso Programa Nacional de Imunizações — afirmou.
O ministro reconheceu que o país não aplicou a quantidade adequada de testes para lidar com a pandemia. O resultado disso, segundo Queiroga, é que não houve uma política apropriada de isolamento de pessoas infectadas.