[ad_1]
A prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) registrada na noite desta terça-feira (17), trouxe de volta ao centro das discussões nacionais um caso de corrupção envolvendo o deputado federal paraibano Wilson Santiago (PTB).
Santiago, em fevereiro do ano passado, conseguiu derrubar uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que o havia afastado do cargo após indícios de sua participação em um caso de corrupção investigado pela Polícia Federal (PF) no âmbito da Operação Pés de Barro.
A decisão, decretada pelo ministro do STF, Celso de Mello, foi derrubada, por maioria de votos, pelo plenário da Câmara dos Deputados.
De posse dessa informação, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), convocou reunião extraordinária da Mesa Diretora da Casa para ser realizada ainda nesta quarta-feira (17) com objetivo de discutir a prisão de Daniel Silveira, bem como a possibilidade de mais uma vez derrubar a decisão do STF através de votação no Plenário da Câmara a exemplo do caso do paraibano Wilson Santiago.
Daniel Oliveira
O deputado federal bolsonarista Daniel Silveira foi preso na noite desta terça-feira (17), após defender, em vídeo, “a substituição imediata de todos os ministros [do STF]” e propagar “adoção de medidas antidemocráticas contra o Supremo Tribunal Federal, defendendo o AI-5“, Ato que intensificou a repressão da ditadura militar no Brasil.
Oliveira, ao ser preso, ainda publicou nova ameaça a Moraes, dizendo: “Ministro, eu quero que você saiba que você está entrando numa queda de braço que você não pode vencer“, afirmou.
Wilson Santiago
O deputado federal paraibano Wilson Santiago foi afastado do seu mandato por suspeita de corrupção apontada nas investigações da Polícia Federal (PF) no âmbito da “Operação Pés de Barro” que investigava superfaturamento em obras da adutora Capivara, localizada no interior da Paraíba, que envolvia crimes de peculato, lavagem de dinheiro, fraude licitatória e formação de organização criminosa.
De acordo com a Polícia Federal, as obras foram contratadas por R$ 24,8 milhões, porém, teria havido distribuição de propinas no valor de R$ 1,2 milhão.
Na mesma operação também foi preso o prefeito de Uiraúna (PB), João Bosco Nonato Fernandes (PSDB).
Santiago foi o primeiro parlamentar da atual legislatura a ter enfrentado uma análise no plenário da Câmara dos Deputados, acerca de uma suspeita de corrupção.
A votação que livrou Wilson Santiago da decisão do STF foi alvo de revolta popular uma vez que o atual Congresso conseguiu se eleger, em sua maioria, a partir da veiculação de um discurso que prometia combater a corrupção de modo implacável.
Na época, 233 parlamentares venceram, no voto, 170 deputados que se mostraram contra o retorno de Santiago ao mandato.
Contra Wilson Santiago havia, entre outros pontos, vídeos gravados pela Polícia Federal indicando a suspeita de que propina milionária tinha sido entregue em seu apartamento e, até, em seu gabinete.